segunda-feira, 27 de junho de 2011

Milho Verde/MG

Estou buscando palavras pra descrever Milho Verde, mas não acho. Ouvindo o som de Fernanda Takai, pensei que pudesse ser mais ou menos assim:


Milho Verde fica situada nas vertentes da Serra do Espinhaço, bem próxima a nascente do Jequitinhonha. Entre Serro e Diamantina, essa pequenina cidade de Minas Gerais, é um local de povo tranquilo e acolhedor. Bom de ver a vida passar sem pressa, tomando um banho de cachoeira ou contemplando suas belas paisagens. Lugar ideal para respirar o ar puro que vem das montanhas e fugir do agito das cidades grandes.


Levamos 7 horas para percorrer os menos de 300km. A estrada é de terra e está em péssimas condições.  Melhor opção é dar a volta e pegar a estrada para Curvelo. O que vai aumentar cerca de 100km na distância mas diminui umas 2hrs na viagem.  Mas a estrada está em processo de asfaltamento, em breve os visitantes poderão contar com o acesso bem mais fácil e rápido.
Chegamos morrendo de fome e encontramos um único restaurante aberto na cidade: Bar Restaurante Ovelha Negra. Ambiente muito simples, mas as massas são fantásticas, tudo feito artesanalmente. Vale a pena conferir, o restaurante fica na Rua do Rosário ao lado da Igreja.





Nossa Amiga Viajante Fernanda Batista deu a dica e fomos lá conferir a hospedagem da Dona Cida. Uma casinha muito charmosa, bem cuidada e bem localizada foi onde ficamos por um preço super em conta.
Fica a dica para quem for para Milho Verde: Dona Cida – Tel: (38)8831-3151
No outro dia visitamos a cachoeira do Lajeado, fizemos a trilha toda de bike. O lugar é lindo e a trilha é bem leve. Depois teve almoço na pousada Morais que serve um Self-service sem balança por R$10,00. O restante da tarde foi  tranquilo tomando cerveja no boteco da praça.









A noite preparamos um jantar bem romântico com fondue de queijo a luz de velas, um bom vinho e muitas risadas. Mas a noite não acabou por ai, ainda fomos no forró em comemoração a São João. Que aconteceu na praça do cruzeirinho no centro da cidade.




No outro dia visitamos as cachoeiras do Moinho, do Carijó e levantamos acampamento.




Milho Verde é muito gostoso para quem gosta de roça e está procurando sossego, mas na minha opinião, não encontramos lá, nada que valesse a pena ás 7hrs de viagem. Existem várias cidades  em MG que são mais próximas de BH, mais bonitas e com uma infraestrutura melhor.
Até a próxima Viajantes!
Gabrielle M.
Para ver o restante das fotos de Milho Verde, acesse: http://www.facebook.com/home.php#!/profile.php?id=100002378161704

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Viajando em Caio Fernando Abreu

Esse é um blog de viagens, eu sei. Mas já contei pra vocês sobre meu prazer de viajar na literatura.

 Caio Fernando Abreu tem o dom de escrever tudo aquilo que eu penso, imagino e sinto. De uma maneira tão minha que as vezes acho que eu mesma escrevi. Que viagem!!!

Vou deixar aqui, de presente pra você que já amou, que ama e que amará um presente desse escritor tão "meu" (é... me apropriei mesmo rs).

“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.

Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.

Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?

A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?

A moça…ela muito amou, ama, amará e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?

E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.

Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”

(Caio Fernando Abreu)



Fica a dica para uma boa leitura.

Gabrielle M.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Buenos Aires mi amor.

Para contar aqui minha viagem para Buenos Aires, resolvi dividi-la em duas partes: Lado A, que é o lado que a maioria das pessoas conhecem, os passeios turísticos diurnos, e Lado B, que é a vida noturna muito badalada da capital da Argentina.

Foram quatro dias intensos e tenho até receio de narrar essa história sem a devida energia que ela merece.
 Minha primeira viagem internacional não poderia ter companhia melhor: Bernardo, meu amigo, companheiro, irmão, confidente e com certeza uma das pessoas mais importantes e amadas da minha vida. E sim, Lucas, talvez essa tenha sido a viagem que me despertou o amor pela estrada (Lucas é um amigo viajante que fiz na Argentina e que comentou aqui no blog que achava que o início dessa paixão por viagens talvez tenha começado na Argentina e não em Caraíva como eu havia postado aqui.)

 E parecia que eu estava até adivinhando que iria escrever esse blog, foi nessa trip que eu fiz o meu primeiro diário de bordo, que vai me ajudar muito a relembrar de todos os detalhes.

Ficamos no Hotel  Facon Gran bem no centro,  https://foursquare.com/venue/1724249,  pertinho do metrô e da rua Florida. Chegamos de madrugada e já fomos procurar alguma balada e assim começamos  nossa trip pelo lado B de Buenos Aires:
1ª parada do lado B: El Verde. Um Pub que fica a 100 metros do nosso hotel. Quando passamos na porta não resistimos. Música latina e muita gente animada. O público era bem mais velho, targuet 40+. Mas nunca vi tanta gente animada assim. Parecia que estávamos no Brasil.



Dançamos a noite toda, até a casa fechar  e fizemos muitos amigos.  Pagamos 40 pesos para entrar e ainda ganhamos um drink. Fica a dica para quem curte balada animada e não está preocupada em paquerar. El Verde fica na rua Reconquista, nº 878 – Centro – Buenos Aires.


No outro dia, ainda de ressaca levantamos cedinho e fomos conhecer a cidade.
1º parada do lado A: Rua Florida, Obelisco, Casa Rosada, almoço em Palermo, compras nos outlets. Fizemos todos os roteiros de metrô. Muito mais rápido e  barato.  Chegamos no hotel por volta de 20hrs, dormimos até ás 22hrs e saímos às 24hrs.








DICA DE VIAGEM: A balada em Buenos Aires começa muito tarde, não adianta chegar em lugar nenhum antes da 1hr da manhã que você não vai encontrar nada. Melhor pra gente que consegue dormir um pouquinho rs.
2º parada do lado B. Boate Pachá Buenos Aires. Difícil descrever essa noite. Balada perfeita. Gente bonita, DJ maravilhoso. Bebida barata e muita, mas muita diversão com gente de todo o mundo. Muitos americanos, franceses, brasileiros e chilenos. As conversas se misturavam em idiomas que muitas vezes não eram compreendidos, mas o sorriso é linguagem universal. Saímos de lá ás 7hrs da manhã com a sensação de que aquela tinha sido a melhor balada dos últimos anos.





Um passeio pelo site e você já consegue sentir um pouquinho do clima: http://www.pachabuenosaires.com/beta3/index.php
Dormir pra que? Isso a gente faz no Brasil né. Café da manhã reforçado e rua.
2ª Parada do lado A:  Puerto Madero, Santelmo, Mercado Municipal, tango, compras, feirinha de antiguidades, Café Havanna  e hotel. Porque a essa altura já estávamos mortos. Dormimos um pouco e o máximo que conseguimos essa noite foi sair para jantar e experimentar um refrigerante local: “Passo de los toros”.  Que coisa horrível, se forem a Buenos Aires bebam Pepsi porque Passo de los Toros tem gosto de sabão.






No outro dia com as energias renovadas ...
3º Parada do lado A: Camininto, estádio do Boca, tango, compras, almoço em Puerto Madero e jardim Botânico.  Depois descansar um pouquinho porque a nossa última noite em Buenos Aires promete.







3º Parada do lado B: Show de tango no Sabor a Tango. Me emocionei e chorei vendo aquela dança maravilhosa. Meu lado dançarina gritou e minha paixão pelo tango cresceu ainda mais.
Depois do tango jantamos e fomos para uma noite de Haloweem muito animada no Clube Severino. Muito Hip Hop e música eletrônica  para comemorar meu aniversário. Mais uma noite incrível na Argentina . http://ba-nightpass.com/en/buenos-aires-clubs-pubs-severino.html







Chegamos da balada 8hrs da manhã e tomamos um café com gosto de despedida. Almoço no hotel mesmo e hora de levantar acampamento.
Buenos Aires vai deixar muita, mas muita saudade!
Gabrielle M.